16 fevereiro, 2008

londres
enfim....



Depois de ver o pai, de o matar com beijos, matando as saudades com eles, pegaram num taxi e foram para o aeroporto... Havia qualquer coisa de diabólico naquele taxista, como aliás há em todos eles. Ninguém é totalmente saudável quando o seu dia-a-dia é percorrer as ruas da capital. Chegados ao aeroporto visitou todas as lojas do complexo. Gostava de compras e os produtos sem taxas eram um convite irresistível. O pai, Sr. advogado, preferiu ficar sentado a ler o NewYork Times. Uns 15 minutos antes da hora de embarque, juntou-se ao pai e entraram pela manga que os levaria ao avião. Procurou o lugar. Estava destinado pela senhora simpática do check-in que ficaria mesmo ao lado de um congénere que detinha um farfalhudo bigode, desenterrado dos anos 80, e o ostentava logo por baixo do nariz generoso. Sentou-se e mesmo que o seu bilhete marcasse o lugar ao lado da janela, esse já estava ocupado com o bigode. Não disse nada, ficou com o lugar disponibilizado pelo usurpador. Levantaram voo. Duas horas depois sobrevoavam Londres. Era isso. Foi isso que fez com que um natural sorriso lhe rasgasse o rosto. O pai olhava-a sem que ela percebesse. Pensou que as surpresas ainda valiam a pena. Parece que a via ao lado da árvore de natal há anos atrás a desembrulhar as bonecas. Havia naquele sorriso qualquer coisa da criança que já não era. Até o olhar estava diferente... Era a cidade. Enfim Londres...


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